[Fonte Exame Informática]
Descubra as diferenças
Até que ponto os novos processadores da Intel de 45 nanómetros apresentam vantagens relativamente aos seus antecessores de 65nm?
Neste momento muitos fabricantes de portáteis estão a transitar dos processadores Intel de 65 nanómetros, da série T7000 (Merom), para os processadores de 45 nanómetros, séries T8000 e T9000 (Penryn). Os novos processadores, graças ao processo de fabrico mais reduzido, permitem uma melhor relação desempenho/consumo energético.
Mas será que a diferença é suficiente para justificar a troca do portátil? Para descobrirmos até que ponto os nanómetros a menos fazem a diferença, precisávamos de testar dois portáteis exactamente iguais, exceptuando, é claro, o processador. Como não existiam máquinas no mercado que respondessem a esta exigência, recorremos à JP Sá Couto, fabricante dos portáteis Tsunami, que construiu à medida aquilo que procurávamos.
Por enquanto, a Intel disponibiliza cinco modelos de 45 nanómetros para portáteis. O Extreme Edition (X9000, a 2,8GHz e 6MB de cache L2), concebido especialmente para portáteis de elevado desempenho (workstations e para gammers), os T9500 (2,6GHz) e T9300 (2,5GHz), ambos com 6MB de memória cache L2, e os T8300 (2,4GHz) e T8100 (2,1GHz), equipados com metade da memória RAM (3MB). Todos estes CPU utilizam um front side bus (FSB) de 800MHz para comunicar com o chipset da placa-mãe.
Menos nanÓmetros e menos cache
Os processadores de 65 nanómetros, dependendo do modelo, apresentam 4MB ou 2MB de memória cache e um FSB de 800MHz ou 667MHz.
Como é evidente, o aumento da cache na série 9000 torna estes processadores mais poderosos do que os T7000 de frequência semelhante. Mas e como ficará a situação entre os novos T8000 de 3MB e os anteriores T7000 de 4MB? Será que o novo processo de fabrico, a que se junta a remodelação interna do chip e a adição das instruções SSE4, é capaz de compensar a diminuição da memória cache?
Exactamente por isto, e também porque os processadores da gama média vendem mais do que os processadores da gama alta, optámos por escolher, para esta comparação, o T8300 e o T7700. Ambos funcionam, a 2,4GHz e usam um FSB de 800MHz. Ou seja, são processadores ideais para este comparativo.
Menos calor e mais autonomia
A diferença de resultados mais evidente é, sem dúvida, o teste de autonomia do BatteryMark, onde a máquina equipada com o T8300 conseguiu quase três horas de autonomia contra as duas horas e meia da máquina com o T7700. Muito bom, especialmente quando consideramos que o CPU está longe de ser o único elemento consumidor de energia e estes portáteis não são propriamente “poupadinhos” nos restantes aspectos, como é o caso do ecrã de 15,4” e do controlador gráfico Mobility Radeon 2400 XT. Mais 15% de autonomia só por se mudar de processo de fabrico do processador é extraordinário.
O menor consumo energético tem outra consequência: menos aquecimento. Medimos as temperaturas máximas (depois de horas de trabalho intensivo) à saída do dissipador, a zona mais quente de todo o portátil, e é evidente a diferença entre o calor dissipado pelo T8300 e o T700. Enquanto o primeiro se ficou pelos 49ºC, o processador de 65nm chegou aos 55ºC.
Desempenho semelhante
Se, como já dissemos, é evidente que os novos T9000 são bem mais rápidos do que os T7000 de igual frequência, porque os primeiros têm mais 50% de memória cache, o mesmo já não se esperaria dos T8000, equipados com apenas 3MB deste tipo de memória.
Desempenho semelhante
Se, como já dissemos, é evidente que os novos T9000 são bem mais rápidos do que os T7000 de igual frequência, porque os primeiros têm mais 50% de memória cache, o mesmo já não se esperaria dos T8000, equipados com apenas 3MB deste tipo de memória.
Não existe, de facto, uma diferença de desempenho assinalável entre o T7700 e o T8300.
Pode dizer-se que há um impacto técnico. Nos testes tradicionais, a vantagem tende a ir, “por um cabelo” para o T7700, graças à sua memória cache extra. Por outro lado, nos testes multimédia, as instruções SSE4 mostram as suas vantagens e, neste campo, ganha o Core 2 Duo T8300. Os testes de conversão de ficheiros de vídeo em DivX e de render (CineBench) comprovam isso mesmo.
EvoluÇÃo clara
Se cruzarmos todos elementos em análise, com especial ênfase para a razão desempenho/consumo energético, conclui-se que os novos Core 2 Duo de 45nm para portáteis representam uma evolução evidente. Mesmo os T8000, com menos cache, conseguem ser mais eficientes do que os T7000 da mesma frequência. E o melhor é que enquanto, por exemplo, o T7700 era um processador de alta gama (só existia um mais rápido), o novo T8300 é um processador da gama média (existem três mais poderosos). Como, aliás, se vê nos preços. Porque o T8300 é mais barato do que o T7700. Não é, portanto, difícil escolher entre um ou outro.